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Reprodução
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Numa ação inédita no universo da telefonia do Brasil, a Anatel suspenderá a partir da próxima segunda-feira, 23, a venda de novas linhas de três das maiores operadoras de telefonia móvel do país: TIM, Oi e Claro.
Essa medida afeta a venda de pacotes de voz e dados e já fez as ações das empresas despencarem na Bolsa.
Segundo informações da Folha de S.Paulo, escritas por Andreza Matais e Julia Borba, a Anatel tomou a decisão após avaliar dados das três empresas pelos últimos seis meses. Um dos maiores problemas é que as chamadas são interrompidas no meio do telefonema.
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Editoria de Arte/Folhapress
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Somadas, elas detêm de 70% do mercado de telefonia móvel no Brasil.
Esta é a primeira vez que a agência suspende as vendas de três operadoras de uma só vez. Isoladamente, a medida já havia sido adotada contra a Telefônica no passado.
UMA OPERADORA POR ESTADO
Cada Estado, incluindo o Distrito Federal, terá apenas uma operadora punida, com a sua venda suspensa. Aquela com pior desempenho local.
Veja a lista das empresas proibidas de vender em cada Estado, formatada pela Folha de S.Paulo:
CLARO
- Santa Catarina
- Sergipe
- São Paulo
- Santa Catarina
- Sergipe
- São Paulo
OI
- Amazonas
- Amapá
- Mato Grosso do Sul
- Roraima
- Rio Grande do Sul
- Amazonas
- Amapá
- Mato Grosso do Sul
- Roraima
- Rio Grande do Sul
TIM
- Acre
- Alagoas
- Bahia
- Ceará
- Distrito Federal
- Espírito Santo
- Goiás
- Maranhão
- Minas Gerais
- Mato Grosso
- Pará
- Paraíba
- Pernambuco
- Piauí
- Paraná
- Rio de Janeiro
- Rio Grande do Norte
- Rondônia
- Tocantins
- Acre
- Alagoas
- Bahia
- Ceará
- Distrito Federal
- Espírito Santo
- Goiás
- Maranhão
- Minas Gerais
- Mato Grosso
- Pará
- Paraíba
- Pernambuco
- Piauí
- Paraná
- Rio de Janeiro
- Rio Grande do Norte
- Rondônia
- Tocantins
OUTRO LADO DA MOEDA
Segundo ainda as informações da Folha de S.Paulo, o SindiTelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal) afirmou que foi surpreendido com a medida. "A decisão foi baseada em queixas apresentadas ao call center da Anatel, que não revelam as reais condições das redes que suportam os serviços.
A Anatel considerou dados dos últimos meses, que não refletem os investimentos realizados pelas prestadoras nesse período", afirmou.
O sindicato disse que há tempos o setor cobra das autoridades ações que viabilizem a implantação de infraestrutura, e que a principal barreira está na dificuldade de expansão, especialmente das antenas de celular.
"A suspensão das vendas só traz prejuízos para a população e não resolve os eventuais problemas de qualidade dos sinais de telefonia móvel. A proibição da venda, além de restringir o cidadão na sua escolha de novos planos e serviços também pode afetar uma série de pequenas empresas, que têm como principal fonte de receita a venda de chips de celulares, comprometendo inclusive a oferta de postos de trabalho."
Para saber mais sobre essa informação, A Folha de S.Paulo apresenta na íntegra o posicionamento de cada operadora telefônica móvel sobre a suspensão.
Marcus Fam
Fonte: Folha de S.Paulo
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