
A galera organizada nas redes sociais e está aderindo mesmo ao boicote aos shoppings da cidade, contra a obrigatoriedade da cobrança de taxa de estacionamento. A terça-feira, 27, foi mais um dia de estacionamentos e lojas vazios, uma realidade que causa uma grande preocupação a lojistas e, principalmente, a vendedores e outros trabalhadores remunerados com base nas comissões.
De acordo com a matéria do Portal Infonet, o movimento caiu bastante nestes dois primeiros dias em que passou a vigorar a cobrança da taxa de estacionamento – R$ 4 a cada quatro horas. Além da preocupação com a queda nas vendas, os funcionários das lojas não escondem a insatisfação com as perdas provocadas também pela obrigatoriedade do funcionário em pagar a taxa do estacionamento. “Tenho um funcionário que teve que pagar R$ 12 ontem [segunda-feira, 26], imagine isso no mês todo”, comentou Jairo Machado, gerente de uma loja de produtos masculinos. “O pessoal está buscando alternativa para estacionar nos terrenos baldios, mas o movimento caiu”, confirma o gerente.
“Eu estou aqui, batendo papo, coisa que nunca aconteceu antes devido ao grande movimento. Mas hoje...”, observa o cabeleireiro Anderson Argolo, que passa grande parte do tempo sentando, conversando com funcionários de outra loja “vendo o tempo passar”, sem clientes. “Além de tudo, tenho que pagar o adicional da taxa de estacionamento e estou aqui, aguardando cliente”, comentou.
O vendedor Kelven Aragão, de uma outra loja, também não esconde a preocupação com as consequências da obrigatoriedade da taxa de estacionamento. As vendagens, segundo o funcionário, caíram consideravelmente. “Antes estava bem movimentado e a gente fazia cerca de R$ 3 mil no dia, neste período de fim de ano. Hoje, até agora, não vendi nem R$ 100”, comenta Kelven.

É fácil de constatar um grande número de vagas vazio nas áreas reservadas ao estacionamento. Quem passa pela frente do shopping Jardins, por exemplo, ou mora nas suas mediações, pode perceber o deserto que ficou. Há a presença apenas de alguns carros. Segundo informações do Portal Infonet, as poucas pessoas que estiveram naqueles empreendimentos se preocupavam em sair logo, antes de atingir o tempo limite de tolerância no estacionamento – 20 minutos, estratégia para evitar gastos extras com o taxa.
O estudante Érick Souza, por exemplo, declarou total apoio ao boicote aos shoppings. “Só vim aqui hoje porque estou fazendo uma pesquisa para comprar um computador e pretendo ser rápido”, comentou. “Acho um absurdo. A cobrança é abusiva”, considerou.
Parece que até o momento os empresários, donos dos shoppings de Aracaju, e seus assessores de imprensa até o momento não se manifestaram sobre as reivindicações. Resta a galera continuar firme e forte com o boicote e aguardar o resultado dessa ação.
Marcus Fam
Fotos de Cássia Santana
Fonte: Portal Infonet
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